O equipamento tem um século de existência.
Dona Rosa Soares, teceloa que mantem viva a tradição da tecelagem (Créditos: H. Horácio) |
A Dona
Rosa Alves Soares Pinheiro, de 72 anos de idade, residente na comunidade
Gameleira, situada a 6 quilômetros da sede do Município de Pedro II, professora
aposentada, que mesmo dando aula nunca abandonou seu ofício como teceloa, ela resume
um pouco desse seu ofício que é de estrema importância para cultura da rede de
dormir em Pedro II.
Dona
Rosa iniciou o seu ofício como teceloa aos 8 anos de idade, a mesma e suas 6
irmãs desde pequenas já se identificavam muito com o ofício, pois observavam
muito o trabalho de sua mãe, Antônia Alves de Jesus (in memoriam) que também
era teceloa, segundo dona Rosa, sua mãe era uma das melhores teceloas, pois
cumpria perfeitamente seu ofício, e na época a tecelagem de rede não era tão
lucrativo, mas era um lucro que já ajudava muito.
Segundo
dona Rosa teve um período que a mesma e sua irmã tecia muitas redes para vender
na feira da cidade, porém, a mesma não ficava tão contente, pois sua irmã
queria vender as redes a qualquer preço porque precisava do dinheiro, “eu
sempre fui abusada com a questão de vender barato de mais, pois nós fazíamos
tudo tão bem-feitas para vender tão barato”.
No
tear deixado de herança por sua mãe dona Rosa fez uma pequena modificação para
ficar melhor de trabalhar e para que o tecido ficar bem feito segundo a mesma. O
tear feito pelo o patriarca da família Soares - Manoel de Sousa Soares (in memoriam) tem mais
de um século, garante a teceloa e professora Rosa Soares, que conserva o tear
com todo carinho.