07/03/2021

Na comunidade Gameleira mantém o mais antigo tear de confecção de redes de Pedro II

O equipamento tem um século de existência.

O equipamento tem um século de existência
Dona Rosa Soares, teceloa que mantem viva a tradição da tecelagem (Créditos: H. Horácio)

A Dona Rosa Alves Soares Pinheiro, de 72 anos de idade, residente na comunidade Gameleira, situada a 6 quilômetros da sede do Município de Pedro II, professora aposentada, que mesmo dando aula nunca abandonou seu ofício como teceloa, ela resume um pouco desse seu ofício que é de estrema importância para cultura da rede de dormir em Pedro II.

Dona Rosa iniciou o seu ofício como teceloa aos 8 anos de idade, a mesma e suas 6 irmãs desde pequenas já se identificavam muito com o ofício, pois observavam muito o trabalho de sua mãe, Antônia Alves de Jesus (in memoriam) que também era teceloa, segundo dona Rosa, sua mãe era uma das melhores teceloas, pois cumpria perfeitamente seu ofício, e na época a tecelagem de rede não era tão lucrativo, mas era um lucro que já ajudava muito.

Segundo dona Rosa teve um período que a mesma e sua irmã tecia muitas redes para vender na feira da cidade, porém, a mesma não ficava tão contente, pois sua irmã queria vender as redes a qualquer preço porque precisava do dinheiro, “eu sempre fui abusada com a questão de vender barato de mais, pois nós fazíamos tudo tão bem-feitas para vender tão barato”.

No tear deixado de herança por sua mãe dona Rosa fez uma pequena modificação para ficar melhor de trabalhar e para que o tecido ficar bem feito segundo a mesma. O tear feito pelo o patriarca da família Soares -  Manoel de Sousa Soares (in memoriam) tem mais de um século, garante a teceloa e professora Rosa Soares, que conserva o tear com todo carinho.


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